THE AMAZING SPIDER-MAN#01 - FALTA DE GRANA E TEXTÃO!
- J. EDU
- 21 de set. de 2015
- 4 min de leitura
Saudações cabeças de teia! (Você que leu o primeiro número do diário aranha deve estar se perguntando se eu ainda não achei um jeito melhor de começar né? Pois é, ainda não) O que temos pra hoje é o primeiro número da revista do amigão da vizinhança The Amazing Spider-Man #1 de março de 1963. O grande sucesso da primeira aparição em Amazing Fantasy #15 rendeu ao nosso herói favorito seu primeiro número solo e de quebra uma aparição junto ao já famoso Quarteto Fantástico.

Os primeiros quadros remontam a origem dos poderes de Peter e a trágica morte do tio Ben. Por falar em tio Ben, pros curiosos de plantão há um número da série “What If?”, literalmente “E se?” em que a Marvel reconstrói momentos cruciais da carreira dos nossos amados super-heróis, Tia May morre no lugar de Ben. Dá para imaginar as complicações desse acontecimento? Indo um pouco mais afundo dá para imaginar tio e tia Parker vivos? Com certeza e um dos milhares de multiversos já imaginados pela casa de ideias há uma Terra em que Peter não deixou o ladrão fugir, mas nessa terra ele é o nosso herói? Eita eita eita, melhor parar por aqui antes que entremos nesse buraco negro de questionamentos a respeito dos tios do Aranha, caso você aí tenha alguma opinião a respeito das questões levantadas fique à vontade para deixar nos comentários alguma coisa. Continuando... Ainda nos primeiros quadros nos deparamos com um dos maiores vilões da carreira de Peter como Homem-Aranha: a falta de dinheiro! (Me pergunto por que o Stark não doa um pouco?) Isso mesmo Spiderfã, não sei se você já parou para notar o quão isso não é tão explorado nas telonas e mesmo nas telinhas (com exceção é claro de Spectacular Spider-Man), a dimensão desse problema é tão grande que a partir dessa que a número um ele tomará dimensões extremas ao ponto de nos depararmos costumeiramente com o mesmo cenário de The Amazing Spider-Man #1: Peter derrota o vilão mas ao fim a falta de grana prejudica o andamento da vida dos Parkers (E de 99% da população mundial).

É a falta de grana que vai levar o nosso herói mais uma vez ao mundo do entretenimento. Após um show de relativo sucesso ao receber uma boa quantia em cheque Peter não consegue sacar o dinheiro, óbvio por que o cheque possui apenas o “alias” do nosso herói o que para um banco não é nada. Em busca de conseguir mais um show e assim finalmente conseguir o dinheiro para ajudar Tia May com as contas Peter tem seus planos arruinados pela aparição do infame dono do Clarim Diário J. Jonah Jameson (Um parêntese aqui pra que eu possa registrar todo o desgosto que eu sinto por esse cara! Aliás, não devo ser o único não é mesmo? Espero não ser!). O senhor Jameson publica um de seus infindáveis editoriais que comprovam a enorme ameaça que é o cabeça de teia para à sociedade nova iorquina (J. J. J. pra mim é a personificação do poder da mídia mal informada e mal intencionada). É claro que um editorial de peso como o do Clarim deixa o Aranha azul escarlate em mal lençóis com a opinião pública, em outras palavras nada de shows pro aracnídeo, nada de grana.
Depois desse cenário de desolação comum a maioria do povo com contas a pagar retornamos ao primeiro ato heroico do cabeça de teia. O filho do Jameson, que diferente do pai faz algum bem pra sociedade, é astronauta e está prestes a realizar um voo pela orbita da terra (é interessante notar que em 1963 estávamos no auge da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética), para variar como em qualquer viagem espacial da Marvel algo dá errado. É essa a deixa pro nosso herói entrar em ação o que ele faz é claro de forma excelente. Salva o coronel Jameson e segue para colher os frutos de um feito tão incrível. Percebam Spiderfãs que a primeira motivação de Peter em resgatar o filho do Jameson não é um ato altruísta com o qual estamos acostumados a presenciar se tratando das aventuras do amigão da vizinhaça. Peter (pelo menos é o que eu acho) é movido unicamente pelo desejo de melhorar sua imagem para que possa voltar a conseguir shows. E é claro que isso não acontece, o carcamano do J. J. J consegue convencer a todos que o Homem-Aranha é o responsável pela falha técnica no voo do seu filho (imaginem só!) e a imagem do herói (que ainda não é herói) só piora.
Ainda a fim de descolar uns dólares Parker segue em direção ao prédio mais famoso das histórias em quadrinhos, o lendário edifício Baxter, vulgarmente conhecido como QG do Quarteto Fantástico. Crente de que o quarteto viraria quinteto e que receberia um salário daqueles graças as suas habilidades Peter confronta o grupo para mais tarde descobrir através do senhor Fantástico que não haverá salario nenhum e que a luta contra a vilania, inclusive, custa caro!
Para concluir (O que a essa altura já é um textão, me perdoem!) o primeiro vilão da carreira de Peter como Homem-Aranha, o escorregadio Camaleão mestre dos disfarces. Queria deixar registrado minha admiração por esse vilão que apesar de não possuir poder algum causa grande dor de cabeça ao nosso herói. Mas no fim no seu quase primeiro ato de heroísmo legitimo (segundo eu é claro) o amigão da vizinhança ao fugir do embate com a polícia deixa o Camelão exposto e pronto pra ser algemado.
É isso galera, gostaria de agradecer aqueles que conseguiram chegar até aqui. Valeu! Agora espalhem para as pessoas que não conseguiram o que elas perderam (ou não perderam também, é claro!).
Cuidem-se! E andem com o sensor aranha ligado!
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